SAMBAS-ENREDO ANTIGOS
SAMBAS-ENREDO
2004
Enredo: Oswaldo Cruz, o Médico do Brasil no Palácio da Saúde
Autores: Nino do Cabuis, Marcelo Marron, Adalto Adm e Paulo Lopitas
Diz a história que outrora
Em São Luiz do Paraitinga ele nasceu
E no Rio de Janeiro
Com sua família se estabeleceu
Do estudo fez sua arma principal
Rompeu fronteiras em busca do ensinamento
Na França se especializou
Foi no Brasil que fundou
A medicina experimental
Contra os micro-assassinos
A batalha ele travou (bis)
E a revolta da vacina
Com sucesso contornou
Seguiu o lema do seu pai
Algo de muito valor ô ô (bis)
Vitorioso, a doença erradicou
No palácio da saúde
Campanhas célebres realizou (ô ô)
Mandou caçar os gabirus
E o mosquito exterminou
Com a vacina, a moléstia controlou
Oswaldo Cruz é o exemplo
Que devemos seguir
Prevenir é melhor que remediar
Diz o ditado popular
Independente eu sou
Da Praça da Bandeira (laiá)
Vamos exaltar (bis)
O grande nome da saúde brasileira
2005
Enredo: Josué de Castro: Ecoa um Grito contra a Fome, pela Cidadania e pela Paz na Terra
Autores: Dil da Baixada, Jurandir JB, Gil Valente e Toinsinho do Vilar
Oriundo eu sou
Das desigualdades sociais
Senti a fome pulsando
Como os caranguejos em lamaçais
É impossível ver
Ignorar e não sofrer
Os cavaleiros da miséria
Lutando pra sobreviver
No futuro eu vejo
Tudo é ou será caranguejo
Com a fome no mundo não dá pra sorrir
Melhor somar para dividir
Mergulhei nesse mar de descaso social
Vi dor, discriminação, pobreza total (bis)
Relutei, deparei ao chegar ao fundo
Os borrões de miséria
Manchas que envergonham o mundo
Bem sei que o reino do céu
Aos pobres tá reservado
O reino da terra aos privilegiados
Eu quero ter reforma agrária nesse chão
Chegar ao céu com a eterna proteção
Betinho foi a luz, Don Mauro trouxe a direção
Neste meu país a fome de direitos é a expressão
Contra as desigualdades sociais eu peço
Que se cumpra a constituição
Canta Independente
Com Josué de Castro nessa passarela (bis)
Ecoa um grito contra a fome
Pela cidadania e pela paz na Terra
2006
Enredo: O Sertão vai virar Mar, é o Velho Chico quem vem Avisar
Compositores: Marcelinho, Alex, Lula, Alexandre, Jorge Machado e Anacleto
Deixei o meu Cariri
Na certeza de um dia encontrar
Na cidade grande
A solução pra minha vida melhorar
Oh, minha terra adorada
Quanta saudade no peito ainda há
Já pedi em oração
A Padim Ciço, São José e Frei Damião
Em busca de sonhos e muita fartura
Comida na mesa e um teto, então (bis)
Perambulando pelas ruas
Que desgosto, é só decepção
Lá vem, descendo a serra
O Velho Chico grandioso
Anunciando que suas águas
Podem salvar esse povo
Esse é o afã de todo nordestino
Só a transposição das águas
Vai mudar o seu destino
Sambando com a nossa Independente, Opará
O Velho Chico chegou e mandou avisar
Que o sertão vai virar mar, alô
A hora é essa, o galo cantou, já vou
O roçado cresceu, iaiá
Minha terra molhou, amor (bis)
Simbora pra casa, no meu pau-de-arara
A seca acabou
2007
Enredo: Ecoa um grito de liberdade nos Quilombos da Baixada
Compositores: Marcos Machado, China do Vale, Gilson Novaes, J.B, Toinzinho, Joãozinho do Vilar, Chiquinho do Bar, Everton Já É, Samuka e Renê Siqueira
África, de onde veio a raça negra açoitada
Ecoou um grito forte nos quilombos da baixada
Trazido em navios negreiros, bantos para trabalhar
De Angola pra Baixada Fluminense
Os negros atravessaram o mar
No mosaico da escravidão, cansados de tanta tirania
Sonhavam a com sua libertação
Jesuítas em catequese, o tempo é colonial
O sagrado e o profano na mistura cultural
Um grito forte ecoou ô ô ô
Contra toda opressão ô ô ô (bis)
Quilombolas vão formar
Na baixada uma nova região
Na resistência, exemplo de coragem e fé
Com sutileza, o negro é a raiz do candomblé
Ô mamãe ê, minha adorada mãe de santo
Deito a cabeça no teu colo
Me faz um cafuné, seca meu pranto
Um vento de fogo, um ponto de luz e fé
Joãozinho da Goméia, rei do candomblé
Negra Lorença, eterna escrava do amor
O mestre-sala dos mares
Que um dia o poeta inspirou
Salve a raça negra
E todo o movimento cultural
Com pré-vestibular pra negros e carentes
Vou brilhar no carnaval
Tem, Ojuobá axé
Frei Davi, Frei Tata com muita fé (bis)
Oya Matamba, Amalyra e Odara
E a cota para o negro estudar
2008
Enredo: Viagem fantástica ao mundo do circo: seja de lona ou social
Compositores: Renê Siqueira, Samuka e Tarzan
Hoje tem espetáculo, o nosso show vai começar
Vem num sonho fantástico, na emoção viajar
Lá no Oriente, a arte circense floresceu
Em Roma continua sua história
Um palco de glórias o coliseu
Enfim, outras culturas vão se unir
No picadeiro, a multidão vai aplaudir
Palhaços, trapezistas, domadores
Brilhando sobre a luz dos refletores
Mostram toda sua expressão
Neste solo tropical, ciganos pioneiros
Desta arte universal
Hoje eu quero gargalhar, quá quá quá
Chegou o rei do Picadeiro (bis)
Sagaz, maneiro e seresteiro
Salve o talento do palhaço brasileiro
Que magia, um delirio de felicidade
Luzes, cores, fantasia, a encantar toda cidade
Fez escola buscando primazia, é internacional, é terapia
Na baixada, um projeto social
A casa da cultura, abraçando o ideal
No sinal fechado uma criança, malabarista da esperança
Ah! Se essa rua fosse minha
Infâncias eu mandava resgatar
Para aprender a lição, a arte no coração
E o futuro não será de ilusão
Sou artista irreverente neste palco iluminado
Alegrando tanta gente, nosso circo está armado (bis)
Seja de lona ou social
A Independente vai brilhar no carnaval